Acordei com tanta tremedeira que eu achei que ia ter um ataque. Inclusive agora estou com as mãos tremulas, sendo difícil até de segurar o celular.
Em sonho, eu tinha recebido a oportunidade de estar perto de você. Haveriam gravações para o filme "Mundo cão". Engraçado que o filme já está pronto e até com data marcada para a estreia... Mas sonho é sonho.
Tinha um corredor onde dava acesso à camarins, sala de direção, sala para os figurantes e outras "duzentas" salas... a sala de figurantes, onde eu me encontrava, tinha parte da parede que era de vidro, como se fosse uma janela. E eu estava sentadinha na terceira fileira de cadeiras, aguardando para ser chamada.
Ansiosa, como sou, meus pés não paravam de se mexer e minhas mãos suavam. Eu sabia q você estava ali por perto, eu sentia.
De repente o diretor entra na sala para passar as coordenadas e, enquanto ele nos instruía, você passou por aquele corredor, com o vestido que você usou na coletiva de "Felizes para sempre?" (e ele era roxo, tal e qual a cor que ele ficou nas fotos da entrevista à revista Ana Maria... Mas sonho é sonho...), com um copo de água na mão direita e a cabeça um pouco baixa, como quem não quer ser reconhecida e tampouco atrapalhar a explicação do diretor.
Quando dei por mim que você passava, eu parei de respirar. Tampei minha própria boca com as duas mãos e gritei, mas o grito foi abafado. Mesmo assim houve um ruído um pouco alto para a sala em silêncio e todos me olharam. Me controlei.
Eu não conseguia escutar nada mais...
Meu amigo, que estava do lado de fora da sala em um saguão, no começo do corredor (onde era uma sala de espera) disse que viu seu vulto entrando na primeira sala (sabe-se lá, Deus, o que você estava indo fazer por lá), ele me mandou uma mensagem. "Esteves, eu vi ela!"
Senti meu celular vibrar, mas eu não consegui de imediato ver a mensagem dele. Passou uns 5 minutos, quando eu consegui driblar o diretor e pegar meu celular, li a mensagem e logo abri um sorriso, com vontade de chorar.
O diretor terminou as explicações e eu fiquei sentada ao lado de uma menina com que eu acabara de fazer amizade, conversando. Contei o quanto eu te admirava e o quanto os seus trabalhos me inspiravam.
Ela me respondeu:
"Você tem sorte de estar aqui então!"
Meu maior medo, era não poder nem te dar um abraço, nem poder chegar tão perto, trocar uma palavra se quer com você.
Depois, o diretor chamou para fazer uma fila para nos dirigirmos ao local de gravação.
Você chegou tão repentinamente que não deu tempo de eu assimilar quem estava a minha frente...
Eu só conseguia te olhar e não sabia dizer mais nada... só sentir... e eu vi que aquele rostinho que eu via na TV, nas revistas, nos trabalhos que eu tenho no note, era de verdade mesmo... em carne e osso! Eu tinha vontade de pegar, assim, no braço, nas bochechas, apertar e ver que era de verdade, sabe? Parece bobeira, mas é verdade. E você estava na minha frente... a gente estava respirando o mesmo ar...
Eu era a sétima da fila então eu estava bem próxima a porta. Você parou perto da porta com duas pessoas atrás de você e, nós, do início da fila, estendemos as mãos para você.
Nos tínhamos recebido a orientação de não ficar conversando, ou tentando tirar fotos e coisas afins com os atores e atrizes. Mas você parou perto da porta e começou a tocar algumas palavras com a gente que havia estendido os braços a você. Você deu aquele sorriso lindo e único, de abalar qualquer estrutura de fã louco e apaixonado! Naquele momento eu queria era pular no pescoço, dar um abraço, falar o quanto você é especial para mim e para tanta gente... mas me contive mais uma vez.
O que me lembro de você falando em sonho era "Está muito calor aí?". E com a nossa resposta você soltou uma gargalhada e concordou "está demais."
Você mandou beijinhos com as duas mãos e saiu acenando. Logo depois, fez o sinalzinho com os dedos indicador e médio, paz e amor, que você sempre faz!
Depois disso, não me lembro muito bem, mas lembro de estarmos todos os figurantes no saguão. Já era noite e havíamos gravado tudo. Eu ainda estava com a esperança de poder te abraçar.
Você apareceu do corredor junto com o diretor. Eu e mais uma legião de pessoas estávamos querendo ter uma conversinha com você. O diretor levou você até o nosso meio (por incrível que pareça, nessa parte do sonho era o Dennis Carvalho, acho que por conta de eu ter assistido inúmeras vezes o making of de "Dalva e Herivelto"... mas sonho é sonho, né?) e juntos, sem ensaio, nós dizemos "Adriana eu te amo!"
Você mais uma vez, abriu aquele sorriso lindo e ameaçou chorar. Seu queixo tremia fazendo furinhos e você chacoalhava a cabeça de um lado pro outro, devagar e dizia entre os lábios trêmulos que amava a gente também. - "Obrigada!"
Eu decidi esperar, dar uma acalmada na movimentação de fotos e de abraços que você recebia, para tentar chegar mas perto de você... A minha vez... E quando você já estava indo embora, eu corri na tua direção. Fiquei frente a frente... e eu não conseguia dizer nada, as lágrimas falavam por si só. Lembro que você me dizia "Calma menina!" E riu... E eu disse "é emoção de sonho realizado!" E te abracei!! Você me afagou nos cabelos e dizia "calma..."
Peguei o celular, dei na mão do meu amigo para ele tirar a nossa foto. Na hora em que ele bateu a foto e o flash "cegou" meu olhos com uma luz muito intensa, fechei-os... Esfreguei-os... e quando abri os olhos estava em meu quarto.
Acordei trêmula, com taquicardia, respiração ofegante. Ameacei chorar, quando vi que era apenas um sonho! Tinha sido tão real, que parecia que eu sentia você aqui comigo, segurando minha mão, naquele momento. QUE RAIVA!!! Rs
Me acalmei e coloquei-me a escrever, para descarregar as tensões, apesar de boas. Eu ainda estou no êxtase do sonho... MAS SONHO É SONHO, e um dia eu vou realizá-lo... Eu vou te encontrar, da melhor maneira, na melhor oportunidade.
E, antes que eu me esqueça: não deu tempo de dizer no sonho... eu te amo! Obrigada por tudo o que você contribui indiretamente, Adriana Esteves!